Nossa Senhora das Graças

>> terça-feira, 27 de maio de 2014

nossa_senhora_gracasA devoção à Nossa Senhora das Graças é um dos conjuntos mariológicos que incluem a devoção, oração mariana, dogmas e doutrinas medianeiras e a aparição da Medalha Milagrosa.
As aparições
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é uma invocação especial pela qual é conhecida a Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.
Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridadeem Paris, França, no século XIX.
A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.
Rua Du Bac em Paris - 1830
Rua Du Bac em Paris – 1830
Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: “Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda”. Mas ela replicou: “Seremos descobertas!”. A voz angélica respondeu: “Não te preocupes, já é tarde, todos dormem… vem, estou à tua espera”. Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: “A santíssima Maria deseja falar-te”. Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:
Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá”. Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.
Capela Da Medalha Milagrosa - Rua Du Bac em Paris
Capela Da Medalha Milagrosa – Rua Du Bac em Paris
Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra “França”. Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.
Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: “Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Desta vez a Virgem deu instruções diretas: “Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças”. Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.
De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.
medailleA invocação
A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho. Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.
Simbolismos da Medalha Milagrosa
  • A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: “Porei inimizade entre ti e a mulher… Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar”. Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o “novo Adão”, juntamente com Maria, a co-redentora, a “nova Eva”. É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.
  • Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.
  • As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como “Estrela do Mar” na oração Ave, Stella Maris.
  • O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.
  • O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.
  • M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.
  • O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a perpetuação do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.
Nossa Senhora das Graças - Irati - Paraná
Nossa Senhora das Graças – Irati – Paraná
No Brasil
Em Monte Sião foi construída a primeira igreja dedicada a Medalha Milagrosa, 1849. Pesquisas realizadas em documentos arquivados na Cúria de São Paulo, Pouso Alegre, em arquivos paroquiais e particulares de Ouro Fino e Monte Sião, comprovam a afirmação desse pioneirismo religioso.
De fato, no mesmo ano em que se deu o milagre da aparição da Virgem Santíssima a Catarina Labouré, cerca de 105 famílias católicas habitavam as terras de Monte Sião. Na época, o lugarejo ainda estava coberto por densa mata, sem padre, sem igreja e com precário meio de comunicação, porém, calcula-se por volta de 1838, quando o lugarejo era elevado a arraial do Jabuticabal, a devoção da Medalha Milagrosa já estava ali.
A maior imagem de Nossa Senhora das Graças está situada em Irati, Paraná,e possui 22 metros de altura, é a maior do mundo. Foi erigida em 1957, a partir de 70 peças esculpidas por Ottaviano Papaiz, artista de Campinas, São Paulo.

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Nossa Senhora da Confiança

>> terça-feira, 11 de março de 2014

nsraconfiançaA devoção a Nossa Senhora da Confiança surgiu na Itália há quase três séculos e está vinculada à venerável Irmã Clara Isabella Fornari, monja clarissa falecida em 1744, cujo processo de beatificação está em andamento. Ela foi privilegiada por Deus com graças místicas, entre as quais a de receber em seus membros os estigmas da Paixão.
Nutrindo uma devoção muito particular à Mãe de Deus, portava sempre consigo um milagroso quadro que a representa com o Menino Jesus nos braços. A essa pintura foram atribuídas graças e curas numerosas, e já no século XVIII começaram a circular pela Itália cópias dela, dando origem à devoção a Santíssima Virgem sob o título de Mãe da Confiança.
Uma das cópias acabou por se tornar mais célebre que a original, sendo levada para o Seminário Maior de Roma, o principal do mundo, por ser o seminário do Santo Padre, de onde ela se tornou padroeira. Todos os anos é venerada pelo próprio Pontífice, que vai visitá-la na festa da Madonna della Fiducia [em português: Nossa Senhora da Confiança], em 24 de fevereiro.
Desde cedo, Nossa Senhora mostrou aos seminaristas que – sempre que recorressem a Ela sob a invocação de Nossa Senhora da Confiança, podiam contar com seu poderosos auxílio nas piores situações. Nesse sentido, entre os fatos prodigiosos mais insignes contam-se as duas vezes (1837 e 1867) em que uma epidemia de cólera atingiu a Cidade Eterna, mas o Seminário Romano foi milagrosamente poupado pela poderosa intercessão de sua Padroeira. Além disso, na Primeira Guerra Mundial, cerca de cem seminaristas foram enviados à frente de batalha e se colocaram sob a especial proteção da Madonna della Fiducia. Todos retornaram vivos, graça que atribuíram à proteção da Santíssima Virgem. Em agradecimento, entronizaram o venerável quadro numa nova capela de mármore e prata.
Quando o famoso quadro do Seminário Romano ali chegou, vinha acompanhado de um antigo pergaminho, conservado intacto até nossos dias, o qual traz consoladoras palavras da Irmã Clara Isabel: “A divina Senhora dignou-Se conceder-me que toda alma que com confiança se apresentar ante este quadro, experimentará uma verdadeira contrição dos seus pecados, com verdadeira dor e arrependimento, e obterá de seu diviníssimo Filho o perdão geral de todos os pecados. Ademais, essa minha divina Senhora, com amor de verdadeira Mãe, se comprouve em assegurar-me que a toda alma que contemplar esta sua imagem, concederá uma particular ternura e devoção para com Ela”.
A devoção a Madonna della Fiducia mostra-se particularmente benéfica quando se reza a jaculatória: minha Mãe, minha confiança!
Muitos são aqueles que se fortalecem na confiança, ou a recuperam, apenas por contemplar essa bela pintura, sentindo-se inundados pelo olhar maternal, sereno, carinhoso, encorajador da Rainha do Céu.
E o Divino Menino, também fitando o fiel, aponta decididamente o dedo indicador para a Santíssima Virgem, como a dizer:
Coloque-se sob a proteção dela, recorra a Ela, seja inteiramente d’Ela, e você conseguirá chegar até Mim.
No dia 5 de fevereiro de 2005, o Papa João Paulo II, falando aos seminaristas a respeito do gesto de Jesus presente no ícone de Nossa Senhora da Confiança disse que ao indicar a Mãe, parece que o menino Jesus, antecipa aquilo que falaria na cruz ao discípulo João: “eis a tua mãe”. Também eu hoje vos repito: eis a vossa Mãe, que deve ser amada e imitada com confiança total.”

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Nossa Senhora da Vitória

nossa-senhora-da-vitoria1Nossa Senhora da Vitória é um ícone católico venerado em Portugal, em particular na Freguesia de Famalicão, conselho da Nazaré, Portugal.
Na paróquia de Famalicão, um dos antigos cultos populares é a Nossa Senhora do Livramento, a qual se encontrava num pequeno nicho junto à estrada, na localidade de Quinta Nova. Esta imagem foi venerada por muitos, que por ela passavam em direção à Nazaré. Mais tarde, teve de ser recolhida para a casa da proprietária do terreno, devido a assaltos e vandalismos.
Do culto à Senhora da Vitória em Famalicão no concelho da Nazaré, sabe-se que foi trazido pelas gentes da Praia das Paredes da Vitória, que no início do século XVI se vieram fixar, trazendo com eles o culto de Nossa Senhora da Vitória.
Origem
Relembra que a Virgem Maria, vitoriosa, pode levar os cristãos à vitória em suas vidas. Em Portugal, foi introduzida a devoção por Dom João I, para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota.
A primitiva Imagem da Senhora da Vitória não chegou até aos nossos dias, mas podemos ver a bandeira com a respectiva imagem, a qual facilmente se constata que tem pouco a ver com a imagem que hoje se venera, e que é datada do século XVIII.
Escultura em madeira policromada de regular qualidade, com olhos de vidro, representando a Virgem Maria com o Menino ao colo, assente numa nuvem com várias cabecinhas de anjo, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória, evocando a vitória da vida sobre a morte, entre o bem e o mal. Sobre o ombro esquerdo pende um manto azul bordado a efeitos vegetativos dourados, que cai em ligeiras pregas até aos pés. No seu braço esquerdo, segura o Menino, de largos caracóis louros. A Imagem foi ao longo dos tempos se degradando, tendo sido feitos alguns trabalhos de restauro, os quais lhe foram retirando a pintura inicial. Foi restaurada profundamente em 20 de Maio de 2005, aquando da comemoração dos 100 anos da sua Coroação, tendo sido feito um trabalho de limpeza até à própria madeira, sendo posteriormente pintada com as cores originais.
Da herança que nos chega até hoje, só se pode ver a inúmera quantidade de ouro e mantos, entre outros objetos, que ao longo dos anos, o povo da Paróquia ofereceu à sua Padroeira.
A festa de Nossa Senhora da Vitória tem lugar no segundo Domingo de Agosto, trazendo consigo inúmeros romeiros.
Imagem restaurada em Portugal de N.S.Vitória
Imagem restaurada em Portugal – madeira policromada de N.S.Vitória
No Brasil, Nossa Senhora da Vitória é a padroeira oficial do Clube de Regatas Vasco da Gama, que possui fortes conexões com a cultura portuguesa.
Ainda no Brasil existe a Igreja de Nossa senhora da Vitória de Oeiras no Piauí, tendo sido elevada a categoria de freguesia em 1696 e mais tarde construída pela iniciativa popular, o templo atual concluído em 1733. Nossa senhora da Vitória é ainda a padroeira do estado do Piauí e das cidades de Málaga na Espanha, São Luís do Maranhão e Vitória do Espirito Santo onde existe a Catedral Metropolitana na cidade. É também padroeira da Arquidiocese de Vitória da Conquista na Bahia.
A festa de Nossa Senhora da Vitória foi instituída em 08 de fevereiro de 1943 – A festa litúrgica é 15 de agosto.
Não se deve confundir Nossa Senhora da Vitória com Nossa Senhora das Vitórias, pois esta última trata-se de outra devoção originária na França que por ordem do rei Luís XII lançou em Paris por volta de 1627 a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias.
Oração à Nossa Senhora da Vitória
Ò minha mãe amorosíssima Senhora das Vitórias, eis me aqui aos vossos pés para implorar o vosso patrocínio.Não ignoreis a graça que com tanta confiança vos imploro.
Atendei as minhas súplicas, se qualquer mãe aqui na terra acode solícita ao filho não o fareis também Vós Ò Maria?
Deixareis que triste e desatendido de vós se aparte o vosso Filho?
Nem me objeteis, ò Senhora minha que com as lágrimas que eu derramaria, melhormente eu seria recompensado na vida futura .
Tão Poderosa como sois, pela graça bem podeis dispensar as angústias momentâneas do vosso filho.
Relevai as pois, sem prejuízo de minha salvação excitando ao mesmo tempo em meu coração os sentimentos da mais piedosa gratidão e as chamas da mais ardente caridade para que assim possa atingir a mais alta perfeição.
Concedei-me, portanto, Ó mãe amorosíssima a graça que vos Suplico.
Assim Seja!!!
Igreja Nossa Senhora da Vitória
Igreja Nossa Senhora da Vitória
A Igreja de Nossa Senhora da Vitória de Ilhéus
A igreja da Vitória é um local histórico que remonta ao século XVI. Entretanto, por ter sofrido pelo menos dois incêndios e muitas reformas, seu projeto arquitetônico foi inteiramente modificado, não apresentando nada do original. Segundo os historiadores e segundo os conceitos mais modernos de patrimônio cultural, pode-se afirmar que esta igreja representa um patrimônio cultural de singular valor, pois traz toda uma lenda que envolve a fé cristã dos colonos portugueses à época das invasões francesa e holandesa no Brasil e uma tradição de fé que perdura até nossos dias.
Segundo Borges de Barros (1981), essa igreja está entre os templos mais antigos da Vila de São Jorge, que àquela época se chamava Nossa Senhora da Neves e depois teve o nome trocado para Nossa Senhora da Vitória ou das Vitórias.
Os colonos portugueses que habitavam a vila de São Jorge entraram em luta com os aimorés e, vencer a luta, parecia algo impossível. A vitória obtida foi atribuída à ajuda de uma mulher muito branca, que foi vista por muitas pessoas, inclusive por alguns indígenas, lutando ao lado dos colonos.
No final do século XVI, houve novamente a intervenção da santa, quando os colonos conseguiram expulsar os franceses que invadiram a vila. Borges de Barros afirma que os habitantes da cidade tinham menor número que os franceses, mas eram chefiados pelo mais valente, que havia se mostrado muito disposto nos assaltos passados, um mameluco chamado Antonio Fernandes, que tinha por alcunha, o Catuçadas, pela forma como abatia o inimigo. Que com um pequeno exército de vinte homens abateu cinqüenta e sete franceses.
O dia 15 de agosto é comemorado pela tradição católica como o dia da Assunção da mãe de Jesus. Nesse dia, é comemorado na cidade de Ilhéus, o dia de Nossa Senhora da Vitória, uma das padroeiras da cidade.
O frei Agostinho de Santa Maria fornece informações sobre as imagens da Virgem existentes na vila. Diz ele que, como a imagem primitiva que existia na vila estivesse muito estragada, um devoto mandou fazer outra em Lisboa, no ano de 1680. Esta imagem teria chegado estragada em Ilhéus, porque a embalagem não havia sido bem feita. Nessa mesma época, um outro devoto, Manoel Filgueiras, rico negociante em Salvador, mandou construir uma nau em Ilhéus. Ao sair da perigosa barra, a embarcação quase naufragou e ele pediu ajuda a Nossa Senhora. Em agradecimento enviou a imagem danificada para Lisboa, para ser consertada, e ela voltou perfeita.
No ano de 1887, um incêndio destruiu a igreja com suas imagens, inclusive aquela trazida de Lisboa no século XVII. A imagem que existe atualmente na igreja foi entalhada em Salvador e data do século XIX. A igreja passou um tempo abandonada e foi ficando em ruína, quando o coronel Domingos Fernandes da Silva custeou sua recuperação e a obra foi concluída em 1905, tendo sido seu estilo completamente modificado. Em 1913 foi realizada uma nova intervenção, patrocinada pelo mesmo coronel Fernandes.

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Nossa Senhora da Purificação

Afresco de Giotto di Bondone - Cena 19 da vida de Cristo - Em Pádua - Itália
Afresco de Giotto di Bondone – Cena 19 da vida de Cristo – Em Pádua – Itália
A apresentação de Jesus no Templo, celebrada no dia 2 de fevereiro, celebra um episódio da infância de Jesus. Na Igreja Ortodoxa e em algumas Igrejas Católicas Orientais, ela é uma das doze Grandes Festas, e é por vezes chamada de Hypapante (literalmente “Encontro”, em grego), Outros nomes tradicionais são CandeláriaPurificação da Virgem e Encontro do Senhor. Na Igreja Católica Romana, a festa é uma das maiores, realizada entre a Festa da Conversão de São Paulo, no dia 25 de janeiro, e a Festa do Trono de São Pedro, em 22 de fevereiro.
No rito latino da Igreja Católica, a Apresentação de Jesus no Templo é o quarto Mistério Gozoso do Santo Rosário. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festa tem sido referida como a festa da Apresentação do Senhor.
A festa da Apresentação é uma das mais antigas festas da Igreja.
A mais antiga referência sobre os rituais litúrgicos específicos sobre a festa foram descritos pela freira Egeria durante a sua peregrinação à Terra Santa entre 381 e 384. Ela reportou que 14 de fevereiro era um dia solene em Jerusalém, com uma procissão até a Basílica da Ressurreição de Constantino I, com uma homilia sobre Lucas 2:22 e uma Liturgia Divina. A chamada Itinerarium Peregrinatio (“Itinerário da Peregrinação”) de Egeria não oferece, porém, nenhum nome específico para a festa. A data de 14 de fevereiro indica que em Jerusalém, na época, celebrava-se o nascimento de Jesus em 6 de janeiro, dia da Epifania. Nas palavras dela:
Apresentação do Senhor -  Por Hans Holbein, o Velho - Kunsthalle de Hamburgo, Alemanha.
Apresentação do Senhor – Por Hans Holbein, o Velho – Kunsthalle de Hamburgo, Alemanha.
Originalmente, a festa era uma celebração menor. Mas então, em 541, uma terrível praga irrompeu em Constantinopla matando milhares. O imperador bizantino Justiniano I, em consulta com o patriarca de Constantinopla, ordenou um período de jejum e oração por todo o Império Bizantino. E, na festa do “Encontro do Senhor”, organizou grandes procissões por todas as cidades e vilas, além de um serviço solene de orações (Litia) para pedir a libertação de todos os males e o fim da praga. Em agradecimento, em 542, a festa foi elevada para uma celebração mais solene e passou a ser celebrada por todo o império pelo imperador.
Em Roma, a festa aparece no “Sacramentário Gelasiano”, uma coleção de manuscritos dos séculos VII e VIII associados com o papa Gelásio I, mas com muitas interpolações e algumas fraudes. É ali que aparece pela primeira vez o novo título da festa, “Purificação da Abençoada Virgem Maria”.
Nossa Senhora da Purificação
Há várias denominações para a Virgem da Purificação, entre elas destacam-se: Nossa Senhora da Candelária, das Candeias, da Luz e da Apresentação.
Maria, executou sua parte no Plano da Salvação, seguindo todos os ensinamentos para que tudo se cumprisse conforme a vontade do Criador, de acordo com as Sagradas Escrituras.
Maria-KellyAs mulheres dessa época eram consideradas impuras após o parto. Eram afastadas durante alguns dias do convívio social e das atividades religiosas no Templo. Passado o resguardo a mãe e a criança deveriam ir ao Templo. Ela para ser “purificada” conforme a Lei, a criança para ser apresentada ao Senhor.
No tempo determinado, a Sagrada Família foi ao Templo para a apresentação do Menino Jesus, à Deus-Pai. Maria na sua infinita humildade submeteu-se à cerimônia da purificação. Por este motivo, para demonstrar o grande respeito e carinho à Santíssima Virgem, os primeiros cristãos passaram a comemorar o dia da Purificação de Maria, em 02 de fevereiro.
O Papa Gelásio, que governou a Igreja entre 492 e 496, acabou instituindo para toda a cristandade esta procissão noturna dedicada à Mãe Santíssima. O trajeto, que representa o primeiro caminho percorrido pela Sagrada Família, deve ser todo iluminado por candeias, ou candelárias, e os fiéis carregam nas mãos velas acesas, entoando hinos em louvor à Maria. Dessa antiga tradição, veio o título de Nossa Senhora das Candeias, ou da Candelária.
A festa de Nossa Senhora da Purificação é uma das mais antigas do catolicismo. Mas esse dia de luz tem um enfoque todo especial para o corpo da Igreja. É que em geral, religiosos e religiosas o escolhem para pronunciar seus votos solenes de castidade, pobreza e obediência, para consagrar e colocar suas vidas à serviço do Senhor.
No Brasil a Igreja de Nossa Senhora da Purificação de Santo Amaro em Salvador/BA, é uma das mais antigas do Brasil e data de 1608.
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Nossa Senhora do Rosário

Lorenzo Lotto (1480–1557)
Lorenzo Lotto (1480–1557) – Óleo sobre tela
Galeria: Igreja de San Nicolo, Cingoli, Italy
Nossa Senhora do Rosário possui um devoção muito antiga. Teve origem com os Monges irlandeses no século VIII, que recitavam os 150 Salmos. Como os leigos não sabiam ler, os monges ensinaram a rezar 150 Pai Nossos, que mais tarde foram substituídos por 150 Ave Marias. Assim, a devoção, começou a se espalhar pelo mundo.
Em muitas aparições de Maria Santíssima, Ela pede, ensina e reza junto, a oração do Rosário, como em Lourdes, em Fátima e tantas outras.
Rosário de Nossa Senhora
A palavra Rosário quer dizer um tanto de rosas, um buquê de rosas que se oferece a Nossa Senhora. Cada Ave Maria é uma rosa que oferecemos à Mãe, com carinho e esperança. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo, oferecemos um buquê de duzentas rosas a Nossa Senhora.
A devoção de Nossa Senhora do Rosário
São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, foi o grande propagador do Rosário no início do século Xlll. A Igreja lhe conferiu o título de Apóstolo do Santo Rosário. Naquela época havia muitos hereges que desviavam os fieis da Igreja Católica. São Domingos, com a prática da oração do Rosário, a pedido de Nossa Senhora, começou a combater as heresias dos albingenses, que crescia vertiginosamente na França.
O Papa mandou vários missionários para combater os hereges, mas nada conseguiram. Somente São Domingos, com a criação de sua ordem e com a insistente oração do Rosário, é que conseguiu acabar com esses hereges. São Domingos dizia que em todas as orações do Rosário pedia a intercessão de Maria Santíssima para converter os hereges e com o passar dos anos conseguiu.
Obra de Caravaglio
Caravaglio (1607) Óleo sobre tela
A Batalha de Lepanto e a festa de Nossa Senhora do Rosário
O contributo de S. Pio V, um antigo dominicano, para a história do Rosário não se fica por aqui. O grande reformador criou também o último grande momento da antiga Cristandade, a unidade dos reinos cristãos à volta do Papa. Os turcos otomanos, depois do cerco e queda de Constantinopla em 1453, o fim oficial da Idade Média, e das conquistas de Suleiman, o Magnífico (1494-1566, sultão desde 1520), estavam às portas da Europa. Dividida nas terríveis guerras entre católicos e protestantes, a velha Europa não estava em condições de resistir. O perigo era enorme.
Além de apelar às nações católicas para defender a Cristandade, o Papa estabeleceu que o Santo Rosário fosse rezado por todos os cristãos, pedindo a ajuda da Mãe de Deus, nessa hora decisiva. Em resposta, houve um intenso movimento de oração por toda a Europa. Finalmente, a 7 de Outubro de 1571 a frota ocidental, comandada por D. João de Áustria (1545-1578), teve uma retumbante vitória na batalha naval de Lepanto, ao largo da Grécia. Conta-se que nesse mesmo dia, a meio de uma reunião com os cardeais, o Papa levantou-se, abriu a janela e disse “Interrompamos o nosso trabalho; a nossa grande tarefa neste momento é a de agradecer a Deus pela vitória que ele acabou de dar ao exército cristão”.
A ameaça fora vencida. Este foi o último grande feito da Cristandade. Mas o Papa sabia bem quem ganhou a batalha. Para louvar a Vitoriosa, ele instituiu a festa litúrgica de ação de graças a Nossa Senhora das Vitórias no primeiro domingo de Outubro. Hoje ainda se celebra essa festa, com o nome de Nossa Senhora do Rosário, no memorável dia 7 de Outubro.
madonna-del-rosario-olio-su-telaNo decorrer da história
A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades. Visando fortalecer seus filhos e prepará- los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo com a missão de reacender a chama da devoção ao Rosário, o qual mais uma vez tinha caído no esquecimento. São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande doutor da devoção à Mãe de Deus, exerceu sua missão profética um século antes da Revolução Francesa. As regiões nas quais se deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram íntegra a Fé.
Já no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: “Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra”, repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima. Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: “Sou a Senhora do Rosário”. E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar- se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.
Milagres dessa magnitude, encontram-se apenas no Antigo Testamento. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.
Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.
Papa João Paulo II, o Papa de Nossa Senhora do Rosário.
João Paulo II dedicou todo o seu Pontificado a Maria Santíssima. Ele declarou logo no primeiro dia de seu pontificado: Totus tuus Mariae (Tudo é de Maria). A devoção a Nossa Senhora do Rosário foi amplamente difundida e divulgada. Ele acrescentou mais um conjunto de Mistérios ao Rosário – os Mistérios Luminosos – em uma Encíclica que escreveu sobre o Santo Rosário.
A Oração que veio do Céu
O que dá verdade e embasamento ao Santo Rosário, é que nos foi ensinado pelo próprio Jesus, por Maria Santíssima e pelo anjo do Senhor. O Pai Nosso foi ensinado por Jesus quando disse aos apóstolos: quando forem rezar, dizei: Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como do Céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos de todo o mal. Amém.
A oração da Ave Maria, foi nos ensinada pelo Anjo Gabriel, que apareceu a Maria dizendo:  Ave Maria Cheia de graça, o Senhor é convosco. Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, como nos diz Lucas, disse a Maria: bendita sóis vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus.  E a Igreja completou escrevendo: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte amém.
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Nossa Senhora do Rosário Di Pompei
Atualmente o Santo Rosário é dividido em quatro conjuntos de mistérios, onde contemplamos os momentos da vida de Jesus e de Maria. Os quatro conjuntos de Mistérios são:
Mistérios Gozosos nos quais se contemplam a anunciação do Anjo a Maria; a visita de Maria a sua prima Isabel; o nascimento de Jesus em Belém; a apresentação de Jesus no templo; e Jesus perdido e achado no templo entre os doutores da lei.
Mistérios Dolorosos nos quais se contemplam a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras; a flagelação de Jesus; a Coroação de Espinhos; Jesus carrega a Cruz até o Calvário; a Crucificação e morte de Jesus.
Mistérios Gloriosos nos quais se contemplam a Ressurreição de Jesus; a sua Ascensão ao Céu; a vinda do Espírito Santo Sobre os Apóstolos e Maria; a Assunção de Maria ao Céu; a coroação de Maria.
Mistérios Luminosos foram escritos pelo próprio Papa João Paulo II, em sua carta apostólica, Rosarium Virginis Mariae, no ano de 2002. Nestes mistérios contemplam-se toda a Vida pública de Jesus: o Batismo no Rio Jordão; o Milagre nas bodas de Caná; a proclamação do Reino do Céu e o convite a Conversão; a Transfiguração de Jesus no Tabor; a Instituição da Eucaristia.
Milagres de Nossa Senhora do Rosário
A devoção a Nossa Senhora do Rosário atravessa os séculos, trazendo a Igreja para o lado de Maria Santíssima, que a leva para a Salvação de Jesus. O Rosário de Maria une a terra aos Céus. Maria Santíssima, em suas aparições, sempre insiste para que as pessoas rezem o Rosário, que é um dos caminhos para se chegar a Jesus e a Salvação eterna. O Santo Rosário é também uma poderosa arma de intercessão, um meio certo de se obter graças através da Virgem Maria.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Paraty/Rio de Janeiro/Brasil. Construída em 1725
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Paraty/Rio de Janeiro/Brasil. Construída em 1725
A devoção no Brasil
A festa do Rosário de Nossa Senhora no Brasil está ligada a grupos negros que realizam os autos populares conhecidos pelos nomes de Congada, Congado ou Congos. Por essa vinculação aos negros, o Congado se tornou também uma festa de santos de cor, como São Benedito e Santa Efigênia.
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário chegou ao Brasil no século XVI. Em Santos, a igreja matriz já tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário. No século XVII, esta mesma imagem de Nossa Senhora é a padroeira principal de Itu, Parnaíba e Sorocaba.
A partir do fim do período colonial, as irmandades do Rosário passam a ser constituídas pelos “homens pretos”.
No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que no caso dos negros ela tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos. Os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas “lágrimas de Nossa Senhora”, e montavam terços para rezar.
Registra-se as seguintes datas de fundação das Irmandades dos Homens Pretos:
  • 1640 - Rio de Janeiro (cidade), Rio de Janeiro
  • 1708 - São João del-Rei, Minas Gerais
  • 1711 - Cidade de São Paulo. Sede atualmente localizada no largo do Paiçandu, região central. A entidade foi criada para abrigar a religiosidade do povo negro, impedido de frequentar as mesmas igrejas dos senhores, e resiste à urbanização, mantendo em seu calendário uma devoção secular a Nossa Senhora do Rosário. São realizadas procissões, novenas e rezas do terço, despertando o interesse dos que transitam pelas proximidades da avenida São João e da avenida Rio Branco.
  • 1713 – Cachoeira do Campo e Sabará, Minas Gerais
  • 1715 – Ouro Preto, Minas Gerais
  • 1728 – Serro, Minas Gerais
  • 1754 - Viamão, Rio Grande do Sul
  • 1771 - Caicó, Rio Grande do Norte
  • 1773 - Mostardas, Rio Grande do Sul
  • 1774 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul
  • 1796 - Salvador, Bahia
  • 1782 – Paracatu, Minas Gerais
A Irmandade do Rosário possuía a seguinte hierarquia: a Mesa Administrativa, o Conselho de Irmãos, a Coorte e o Estado Maior com suas Guardas. Em alguns lugares, devido à perseguição promovida pelo clero, algumas destas irmandades desvincularam-se da Igreja Católica. Mais recentemente, em algumas dioceses há uma reaproximação, através da Pastoral Afro-Brasileira.
Com quase três séculos de existência, a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos é uma referência para movimentos de consciência negra, porque apresenta uma tradição religiosa que remonta aos tempos dos primeiros escravos

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